Ah, sim! Eu voltei aos nossos queridos temas ardilosos e inescrupulosos, com estilo e gosto! Mantendo a boa prática de nunca abordar temas que estejam na boca dos outros blogueiros do momento, resgato um tema a pouco esquecido pela mídia e pelos midiáticos das redes sociais.
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Olha o preço da carne, minha gente! É pra deixar com água na boca! |
A jovem diz encarar a venda da virgindade como uma situação de negócios. Com postura digna de proeminente articuladora empresarial, defende com classe sua escolha e opinião referente ao tema. Arrebitou a revolta entre os (falsos) moralistas que a acusam de prostituição e imoralidade. Eu, pessoalmente, enxergo a situação com olhos diferentes.
Basta uma breve retrospectiva histórica para observarmos como o comportamento da preciosa catarinense se fundamenta em valores antiguissimos! Desde a época do casamento arranjado, a virgindade da mulher era prezada como sinal legitimo de pureza e fidelidade. Na sociedade feudal japonesa, a virgindade de uma gueixa era espécime de altíssimo valor e, também era leiloada! Na Idade Média Ocidental, o casamento entre filhos de famílias influentes era visto como um contrato, não como uma união amorosa. E para que tal união fosse legítima e louvada, a virgindade da noiva deveria ser comprovada.
Resumindo a ópera: Na lógica de uma sociedade Patriarcal (e você vai me ver mencionando esse termo o tempo todo), a virgindade é o bem mais precioso de uma dama. E se hoje os tempos são outros, a lógica ainda não mudou tanto.
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Vai um Cartão Bolsa Família? |
O matrimônio tornou-se parte da mecânica socialmente prevista para os relacionamentos amorosos. Se antigamente, as relações de interesse na escolha dos bons partidos era explicitamente guiada pelo status do pretendente, nos tempos atuais, a coisa ainda não mudou muito de figura. A ciência sociobiologica (falaciosa) tentou até mesmo explicar por que as fêmeas procuram os machos que são mais fortes e bem de vida. Justificaria-se em prol de manter a prole protegida, bem alimentada e confortável. Razões pelas quais as mulheres teriam a tendência a procurar homens bem sucedidos financeiramente. (Eu ainda vou dedicar um texto inteiro só para desmoronar essa e outras teorias. Teorias criadas por diversas pseudo-ciências e que tentam justificar relações machistas em uma sociedade que já não tolerava mais esse sistema.)
A concepção do homem independente, másculo, poderoso, bem de vida, que dirige um carrão e ostenta roupas de grife ainda predomina na nossa sociedade.(vide o sucesso do hediondo 50 tons de Cinza) Tudo isso só serviu para transferir o carácter das relações explicitamente comerciais no matrimônio, para emblemas representativos. Tal como é o simbolismo do rapaz que faz 18 anos e tira carteira de motorista para poder sair com o carro do pai e paquerar nas baladas. Afinal, de que outro modo ele arrumaria uma namorada se ele não tivesse um carro? Eu mesmo tenho 22 anos e ainda não tirei carteira de motorista, e ai? Como fico?
Assim como é o famoso cavalheirismo da parte do homem levar a sua amada para um jantar caro e pagar a conta sozinho. Certa vez conheci uma moça que reclamou de um ex-ficante por que ele sempre pedia para dividir a conta. Chegada a terceira vez que isso ocorreu, ela disse que nunca mais sairia com ele. Afinal, que tipo de homem pede para rachar a conta do restaurante? Não pode ser homem de verdade! Ahn, ahn! Não mesmo!
Assim como é o famoso cavalheirismo da parte do homem levar a sua amada para um jantar caro e pagar a conta sozinho. Certa vez conheci uma moça que reclamou de um ex-ficante por que ele sempre pedia para dividir a conta. Chegada a terceira vez que isso ocorreu, ela disse que nunca mais sairia com ele. Afinal, que tipo de homem pede para rachar a conta do restaurante? Não pode ser homem de verdade! Ahn, ahn! Não mesmo!
Tendo tudo isso em vista, a escolha da nossa amiga Catarina em vender a virgindade é apenas uma maneira de colocar em evidência o que a sociedade mantém oculta pelas vendas da ideologia. Se o que existe de mais excitante e dignificante para um homem é tirar a virgindade de uma garota e, portanto, ter sobre ela o poderio de dizer que foi o primeiro (e se possível será o único) a ter dado prazer a ela, então qual é o problema de ela comercializar o que ela tem de melhor a oferecer?
É um retrocesso ou um progresso? Ah não, não vamos cair nesse tipo de julgo moral, como fazem os (falsos) moralistas. Deixe a garota ser, fazer, viver como ela quiser! Só te pergunto uma coisa, Catarina: o que é que vem depois? Depois de romper o hímen, o que mais você tem a nos oferecer?
Posso dizer que gostei do texto. Principalmente da conclusão, pois foram estas mesmas perguntas que me fiz quando me deparei com tanto "bafafá" sobre o assunto e principalmente sobre a mulher Catarina. Enfim, foi bom ler que há um pensamento próximo ao meu.
ResponderExcluirDigamos que ela fosse de uma cultura onde a virgindade é tida como prêmio, onde o casamento fosse pela religião. A única novidade mais moderna sendo ela brasileira quem escolheu foi ela não o pai. E ainda vai lucrar, bom dia!
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