É o típico ensaio do EGO que quer se afirmar, mas busca um meio de disfarçar sua Soberba. Aquela típica postagem da página do Skoob. Você lê livros, fera? Mesmo? Que legal. Sabia que isso hoje em dia é sinônimo de NADA? Você pode ler trinta ou cem livros por ano, pouco me interessa. Se você pensa que é superior por isso e tem por que se gabar por isso, é prova de que suas horas de dedicação foram fúteis e você não aprendeu nada de nada sobre NADA!
"Teu cu!" |
Cite o seu gênero: Ficção Científica, Ficção Fantástica, Fantasia Romântica (vampiros, anjos, saci-pererés), Filosofia (exclua aqui, livros do Olavo de Caralho), Esoterismo, Livros Espíritas (ah-lá Chico Xavierzações), Política, Religião (outra vez, nada de Olavo de Caralho, porra!), etc, etc, etc... De boas? Se você se restringe a um tipo de literatura e ignora na maior parte do tempo os outros temas, você está assassinando o seu cérebro ao invés de estimula-lo apropriadamente!
Jean-Jacques Rousseau já dizia que existe algo muito perverso sobre os livros e a literatura em si. Em seu clássico sobre a pedagogia - Emílio - ele afirma que é necessário manter as crianças distantes da literatura por maior tempo possível, até que elas tivessem maturidade para poder ler um livro e critica-lo de forma consciente. Bem o oposto do que a nossa cultura prega, não é mesmo? Nos empurram os livros como uma obrigação e, pior, não nos ensinam a questionar o que lemos!
Essa lavagem cerebral implícita começa nas escolas. Onde somos ensinados a venerar os livros didáticos como fonte de sabedoria absolutistas. Nas escolas, a palavra do professor, aliada ao livro didático, era ditatorialmente A VERDADE. Caso alguém quisesse buscar a resposta sobre a VERDADE a respeito de algum fato histórico, recorria-se aos livros didáticos. Eu não poderia pensar em um mecanismo mais eficiente para imbecilizar uma geração inteira.
Jean-Jacques Rousseau já dizia que existe algo muito perverso sobre os livros e a literatura em si. Em seu clássico sobre a pedagogia - Emílio - ele afirma que é necessário manter as crianças distantes da literatura por maior tempo possível, até que elas tivessem maturidade para poder ler um livro e critica-lo de forma consciente. Bem o oposto do que a nossa cultura prega, não é mesmo? Nos empurram os livros como uma obrigação e, pior, não nos ensinam a questionar o que lemos!
Essa lavagem cerebral implícita começa nas escolas. Onde somos ensinados a venerar os livros didáticos como fonte de sabedoria absolutistas. Nas escolas, a palavra do professor, aliada ao livro didático, era ditatorialmente A VERDADE. Caso alguém quisesse buscar a resposta sobre a VERDADE a respeito de algum fato histórico, recorria-se aos livros didáticos. Eu não poderia pensar em um mecanismo mais eficiente para imbecilizar uma geração inteira.
George Carlin. Um que defendia o senso crítico e a leitura crítica. |
A VERDADE NÃO ESTÁ NOS LIVROS!
A VERDADE ESTÁ ENTERRADA DENTRO DE CADA UM DE NÓS!
O primeiro passo para compreender o mundo que o cerca, é perceber que todo o conhecimento necessário para compreender a realidade, está enterrada dentro de nós mesmos, no nosso íntimo. Afinal, a verdade, tácita, intransliterável, aquela capaz de descrever e desvendar todos os segredos da existência, está presente em tudo o que tocamos, sentimos, e principalmente, faz parte da matriz da nossa própria composição física, metafísica, e sobrenatural.
Eu já expliquei um pouco sobre como a realidade sofre interferência da nossa percepção sobre a mesma, em outro texto. Aqui, eu venho a explicar como cavar essa verdade que está enterrada em nós, por meio do bom uso da prática literária. A primeira dica é:
NÃO LEIA POR OBRIGAÇÃO
Aquele texto enjoado que o seu professor de filosofia passa para você ler toda a semana. Eu sei, é um porre ler sobre assuntos sobre os quais você não teve NENHUM estímulo para se interessar por eles. Se existe um modo eficiente de traumatizar alguém, é obrigar que essa pessoa leia sobre um tema ou assunto que ela não se sente nem um pouco atraída.
BUSQUE ENXERGAR DO LADO DE FORA, O QUE VOCÊ RECONHECE POR DENTRO
Sabe quando parece que um livro está falando com você, ou até, que aquele livro foi escrito para você? Às vezes você sente uma necessidade de compreender melhor sobre um determinado assunto, e aquele livro parece ter caído do céu! Sim, dái glórias, pois esse é o tipo de leitura que você deve valorizar. A leitura que te inspira. É bobagem pensar que a vida é a escola da alma. Ninguém encarna pra aprender coisa alguma, mas simplesmente para relembrar sobre o que já sabia, mas se esqueceu. Portanto, não busque se relacionar com os livros como se eles fossem professores exigentes dos quais você bebe o conhecimento que você não teria de outra forma. Mas encare-os, como espelhos do que você já tem por dentro. Se reconheça refletido na leitura (ou não!), e assim, você vai usar o livro como um espelho para enxergar o que você tem por dentro. Esse tipo de leitura, é simplesmente PRIMA, são o tipo de livros que nem sempre precisam ser reconhecidos como clássicos para serem excelentes leituras. Alguns dos livros com os quais mais me deliciei, são de autores que nunca alcançaram a fama, e até de pessoas simples que decidiram escrever um livro contando sua trajetória de vida, mas não alcançaram qualquer sucesso com o livro.
Clássico consolidado da literatura britânica? Muito provavelmente sim. Melhor livro que você já leu? De boas? Acho que você precisa ler mais e MELHOR! |
NÃO PRECISA SER AGRADÁVEL, NÃO PRECISA CONCORDAR COM TUDO PARA GOSTAR
O outro lado de moeda, são as leituras que fazemos para poder conhecer uma forma diferente de enxergar o mundo. Quem fica viciado em um tipo específico de leitura, fica restrito a uma forma específica de enxergar o mundo e a realidade. Enquanto que, o verdadeiro enaltecimento ocorre quando nos deparamos com ideias que não concordamos e, assim, ou nos reafirmamos no que acreditamos, ou nos vemos motivados a mudar a nossa visão de mundo. Um livro que eu cito como exemplo, para mim, foi Clube da Luta, do Chuck Palahniuk. Eu achei muito interessante a visão de mundo do Tyler, mas eu não consegui concordar com o niilismo materialista auto-depreciativo dele. Mas ainda assim, foi uma das leituras que mais me fascinaram!
DIVERSIFIQUE OS GÊNEROS
Acho que esse ponto eu já reforcei até demais, não é mesmo? Eu busco ler de tudo. Livro de filosofia, sexologia, romance literário, romance espírita, esoterismo, espiritualismo, clássicos literários e até uns romances de anjo e vampiro eu já li, justamente para tentar entender o que tem na cabeça da garotada esses dias.
Eu só faço uma última advertência. Cuidado com a literatura imbecilizante. O lixo e o luxo está presente em todas as formas de arte, e os livros não são exceção. Cuidado com os best-sellers que só estimulam o seu lado emotivo. Não interessa o quão envolvente a estória seja. Se você puder resumir o tema do livro em palavras como sexo, espadas, homens barbados, vingança, morte, romantico, encantador, vampiros... Enfim, se o livro não for nada além de EMOCIONANTE, e não te colocar nunca a pensar, e não te colocar nunca a refletir sobre algum contexto e a realidade em que você vive.. certo, OK! Eu tolero sim, a literatura lúdica! Só cuidado para não viciar e ficar tão vazio e superficial quanto quem só assiste novelas e seriadinhos da televisão Norte-Americana! Boa noite, já falei demais!